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Conectividade: a tecnologia que liga a melhor idade e diminui distância

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Por: Adriana da Silva

LINGUAGEM CONECTADA – usar símbolos e desenhos, economizar caracteres, esquecer a maioria das vogais e mesclar expressões do português e do inglês são algumas ações normais da comunicação virtual que acabam criando uma linguagem única entre os conectados

IMAGEM – Arquivo JO

Não é nenhuma novidade que as restrições e o distanciamento social impostos pela pandemia fizeram muitas pessoas ‘se renderem’ as tecnologias. De uma hora para a outra, principalmente, o público idoso aflorou o desejo em estar conectado para manter o contato com a família.

O desejo em manter mais contato com familiares e estar sempre atualizado faz com que a melhor idade esteja mais conectada. A idade não limita esse avanço, mas eles precisam estar antenados e pedir ajuda para os filhos e netos para entender a linguagem virtual.

Conectividade: a tecnologia que liga a melhor idade e diminui a saudade

Não é nenhuma novidade que as restrições e o distanciamento social impostos pela pandemia fizeram muitas pessoas ‘se renderem’ as tecnologias. De uma hora para a outra, principalmente, o público idoso aflorou o desejo em estar conectado para manter o contato com a família.

O desejo em manter mais contato com familiares e estar sempre atualizado faz com que a melhor idade esteja mais conectada. A idade não limita esse avanço, mas eles precisam estar antenados e pedir ajuda para os filhos e netos para entender a linguagem virtual.

A aposentada, Elvira Bepper, conta que gostou das novidades tecnológicas, mas ainda era resistente ao uso do WhatsApp, mas mudou seu pensando com a chegada da pandemia. Ela relata que a distância e a saudade fizeram com que aprendesse rapidinho a usar as ferramentas do aplicativo.

“Sempre achei que o celular afasta as pessoas que estão próximas. Por exemplo, antes quando a casa vivia cheia eu já falava para todos que se fosse trabalho era para irem até a varanda, responder, e depois voltar para o ambiente em que todos estavam, nada de ficar jogando ou só nas redes sociais, pois isso fazia com que os netos ficassem distantes. Contudo, vi que a internet e conectividade passaram a ser fundamentais neste período de pandemia”, cita.

A aposentada conta que desde março do ano passado passou a fazer chamadas de vídeos, praticamente, todos os dias. “É muita saudade, tenho netos em outros estados e com a pandemia não é possível visitar, assim ligamos, conversamos, vemos os rostos e matamos um pouco da saudade. Eu melhorei muito e estou aprendendo bem a usar esses recursos tecnológicos. Ainda bem que eles existem”, brinca.

LINGUAGEM CONECTADA – usar símbolos e desenhos, economizar caracteres, esquecer a maioria das vogais e mesclar expressões do português e do inglês são algumas ações normais da comunicação virtual que acabam criando uma linguagem única entre os conectados. A ideia é deixar a conversa mais ágil, contudo, nem sempre é isso que acontece, especialmente, quando envolve público com muita diferença de idade.

“Meus netos, às vezes, mandam mensagens que eu não entendo. Na hora já mando um áudio lembrando que eles estão falando com a vovó e não com um colega. Por isso, é preciso facilitar e não complicar”, brinca a aposentada ao dizer que as conversas com os filhos e as amigas são mais simples, enquanto que com os jovens funciona de maneira bem diferente.

INSTIGAR O CONHECIMENTO – “Escrever tudo junto, usar o # e outras abreviações e emojis faz com que as pessoas com mais idade não fiquem acomodadas. Isso é bom porque aflora a busca por conhecer essa linguagem, instiga e melhora a comunicação”, declara a psicóloga, Janes Pirati.

A profissional pontua que o avanço tecnológico na comunicação ocorrido nas últimas décadas atinge todos os públicos. Ela declara que é nítido como a pandemia fez com que a melhor idade tivesse mais interesse pela tecnologia, pois passou a aproximar as pessoas.

“Muitos idosos aceitaram um aparelho de telefone mais moderno após se depararem com a distância dos familiares. É uma geração mais resistente. São pessoas que sabem aguardar com mais paciência, pois antes a comunicação não era assim tão facilitada, era preciso aguardar dias a resposta de uma carta, por exemplo, mas diante da insistência dos mais jovens, viram que no momento essas ferramentas tecnológicas são muito importantes”, comenta.

SAÚDE MENTAL – Ao focar na saúde mental dos idosos, Janes alerta que é fundamental que eles se sintam integrantes ativos das conversas, ou seja, que sejam utilizadas linguagens que comportem os entendimentos de todos. Ela destaca que é interessante apresentar as novidades com intuito de que os idosos venham a conhecer coisas novas, mas dentro dos limites de cada um, pois o objetivo é promover a interação e não distanciar ainda mais.

“É interessante desafiar para o novo, contudo, não é o momento de força algo que não esteja facilitado. Eles já enfrentam condições de distanciamento social nunca vividas antes, por isso, o importante é promover essa aproximação no universo tecnológico que vise o acolhimento, a conversa facilitada, a interação entre os familiares e amigos para que os sentimentos de solidão e saudade não venham a prevalecer”, finaliza.

Informações  Redação – Toledo 

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